sexta-feira, 30 de outubro de 2009

Covarde

Quando te vi passar por mim,
Acompanhei-te com meu corpo,
Mirando ao outro lado da calçada
Toquei o vidro, quis gritar
Não pra você, mas sim para o meu motorista.
Queria tanto oferecer-te uma carona!
Por que não tive coragem?
E você estava tão cheio dela...
Seu rosto era confiante e determinado.
Um passo largo, o olhar fixo
Lá estava você, em uma longa caminhada para a Faculdade
Sua vida, sua história.
Eu distante, perdida, em meio à risadas,
Olhei pra mim, senti-me banal.
E naquele momento, eu pude enxergar um pouco mais além do que até então minhas vistas alcançavam.



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